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Os impactos da discriminação na saúde mental de pessoas LGBTQIAP+

          Diariamente no Brasil pessoas LGBTQIAP+ são vítimas de discriminação e violência. Conforme os dados da Revista Científica Americana Pediatrics cerca de 62,55% pessoas não hétero-cis já pensaram em findar com a própria vida por conviverem em ambientes hostis a sua sexualidade e a identidade de gênero. A discriminação, têm impacto prejudicial para a saúde mental da população LGBTQIAP+, pois contribui para adoecimento psíquico. Diante dessa questão, é indispensável a contribuição de profissionais de todas as áreas no combate aos prejuízos enfrentados pela comunidade.

          A discriminação pode manifestar-se de diversos modos, como a exclusão, o abandono; por meio de falas ofensivas; e agressões físicas. Além disso, pode estar presente nos mais diversos espaços sociais, como Instituições de ensino, campos profissionais, e também no ambiente familiar. Dessa forma, o resultado são impactos prejudiciais à saúde mental, em razão de maior suscetibilidade ao desencadeamento de sintomas como o aumento da ansiedade e do medo, sentimento de menos valia, automutilação, pensamentos de autoextermínio e outros.

          Assim, na atuação para contribuir com a saúde da população LGBTQIAP+ o Conselho Federal de Psicologia (CFP) mostra-se ativo em ações que visam a valorização da diversidade de orientação sexual e de gênero. As primeiras contribuições do CFP podem ser observadas por meio da Resolução n.º 001/1999, da qual aponta normas de atuação para os psicólogos quanto ao atendimento de pessoas não hétero-cis; e de modo que não sejam exercidas ações que contribuam para a patologização. Recentemente o Órgão Publicou uma nova resolução n.º 01/2018, de modo a reforçar o compromisso ético e profissional dos profissionais de Psicologia para a saúde da Comunidade.

Em resumo, no dia 28 de julho é substancial repensar acerca de ações individuais e coletivas; compreender quais são os impactos da discriminação para a saúde da população LGBTQIAP+; e conscientizar-se a respeito de ações fundamentais para a modificação do quadro atual.

Psicóloga: Jéssyca Galvão – CRP`01/20062

Referência bibliográfica

Cardoso, M. R. A e colaboradores. O impacto do preconceito relacionado a orientação sexual e identidade de gênero na adolescência: um relato de caso. v. 1,2019.

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